Aneurisma da aorta abdominal: como se proteger deste mal silencioso

Esta semana, um dos jornalistas mais experientes da atualidade, Geneton Moraes Neto, morreu aos 60 anos, vítima de um aneurisma na artéria aorta abdominal. Ele estava internado em um hospital no Rio de Janeiro desde maio.

O pernambucano iniciou sua carreira aos 16 anos, quando pegou um bloco de papel e foi atrás de Caetano Veloso, recém-chegado do exílio, que iria se apresentar no Recife. Foi o começo de uma sólida carreira para Geneton. Atualmente, estava à frente do programa Dossiê, no canal Globonews.

Mas o que é um aneurisma na aorta abdominal, problema que levou à morte o jornalista? Quando se fala em aneurisma, o mais conhecido de todos é o cerebral, que pode ser fatal ou deixar sequelas irreversíveis. Mas pouco se fala sobre o aneurisma da aorta abdominal. A aorta é maior artéria do corpo, que sai do coração e distribui o sangue por todas as áreas do corpo.

O nome aneurisma é dado quando se tem a dilatação de uma artéria e essa dilatação ultrapassa em mais de uma vez o diâmetro dessa artéria, em qualquer parte do corpo. Um aneurisma periférico é aquele que se desenvolve fora do território cerebral e o mais comum é o aneurisma da aorta abdominal.

Para entender melhor, normalmente uma aorta tem de 1,5 a 2 centímetros de diâmetro. As mulheres têm uma aorta mais fina e os homens, mais grossa. O angiologista Antonio Carlos Souza, da Angiomedi, explica que, quando essa medida ultrapassa os três centímetros, podemos chamar de aneurisma. Ele explica que o maior problema do aneurisma na aorta abdominal é que, em grande parte das situações, não há sintomas característicos. “O diagnóstico, muitas vezes, é feito de forma incidental, isto é, a pessoa vai realizar um exame, como uma ultrassonografia ou tomografia, e detecta a presença do aneurisma por acaso”. Ele ainda completa que a primeira manifestação do aneurisma pode ser uma das piores complicações: a ruptura, já que, quando rompem, de 10 a 15% dos pacientes morrem imediatamente; um grande número de pacientes consegue chegar vivo ao hospital, mas a metade destes também morre antes ou depois de ser feito algum procedimento. Possivelmente isso é o que deve ter acontecido com Geneton Moraes Neto.

Então, para se ter êxito na recuperação de um aneurisma na aorta abdominal, é imprescindível que seja feito o diagnóstico precoce. E por ser uma doença silenciosa, a única maneira é mantendo os exames e as consultas médicas de rotina em dia.

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