Quem não conhece alguém que reclama de dores nas pernas ou dos inconvenientes vasinhos?
O pior é que muita gente já desistiu de tratar, reclamando das limitações que o tratamento impunha ou por não suportar as agulhadas.
Mais de um quarto das mulheres tem varizes. Essa doença, como toda enfermidade crônica, é multifatorial. A herança familiar é o fator predisponente mais importante, somando-se às várias outras situações que poderão desencadear mais ou menos varizes. É interessante a diversidade de manifestações da insuficiência venosa; sendo que, para algumas pessoas, o incômodo é decorrente de alguns vasinhos nas pernas, causando o desconforto estético. Outras menos afortunadas sofrem de dores e apresentam varizes grossas com envolvimento ou não das veias safenas. Os casos mais graves podem apresentar vários estigmas da insuficiência venosa, inclusive podendo ocasionar a abertura de feridas nas pernas.
Quando se aproxima o verão é natural que aumente a ansiedade das pessoas para ficar livres das varizes ou dos pequenos vasinhos. Não temos cura para varizes, mas o tratamento é muito eficaz e as novas tecnologias têm contribuído muito, principalmente no que se refere a reduzir o trauma do tratamento e, com isso, atenuando o desconforto e as limitações impostas.
Aquelas pessoas que têm varizes de grosso calibre podem ser beneficiadas com a utilização do endolaser, uma tecnologia denominada EVLT (Endovenous Laser Therapy). Nos casos que preenchem os critérios para tratamento com endolaser, uma fibra óptica é introduzida através de uma punção dentro das varizes, onde é liberada a energia, fechando as varizes sem retirá-las. Como resultado imediato, as varizes são excluídas da circulação e o sangue é desviado para as veias normais. Os estudos científicos, apesar de apresentarem pouco tempo de acompanhamento, relatam vantagem em relação à cirurgia convencional, que é a retirada por avulsão das varizes. O tempo de recuperação e o desconforto pós-tratamento são bem menores quando o procedimento é realizado com endolaser. Em relação à eficácia do tratamento, a exemplo do tratamento convencional, não cura a insuficiência venosa dos membros inferiores, mas o bom resultado é mantido em mais de 90 % dos casos após um ano de acompanhamento. Isso, por si só, parece mais animador que o tratamento convencional.