Mãos e pés frios, mas coração quente, a frase popular pode nos dar indícios do que é esta doença de nome diferente. Mas o Fenômeno de Raynaud não é tão raro assim, atinge de três a cinco por cento da população mundial, de acordo com revisão publicada por dois professores da Universidade Johns Hopkins de Medicina, nos Estados Unidos, e publicada na The New England Journal of Medicine. Os sintomas principais são pés e mãos mais frios do que o normal. O problema foi descrito pela primeira vez em 1862, por um estudante de medicina francês chamado Maurice Raynaud, por isso o nome da doença.
O tempo frio pode ser um desencadeador das crises, mas, além da baixa temperatura, as reações podem ocorrer quando uma pessoa com Raynaud está sob estresse. A doença pode ocorrer de duas maneiras: na forma primária, que é a mais comum e não tem causa conhecida, e a secundária, associada a outro distúrbio, geralmente um tecido conjuntivo ou doença autoimune, como escleroderma, artrite reumatoide ou síndrome de Sjögren. Pessoas que trabalham com determinados produtos químicos, por exemplo, cloreto de vinilo, ou ferramentas vibratórias como uma britadeira também estão suscetíveis ao Raynaud secundário.
Vamos mostrar algumas curiosidades e informações importantes sobre o Fenômeno de Raymond:
1- É uma condição de exagero na resposta à temperatura fria, causada pela vasoconstrição ou pelo estreitamento dos vasos sanguíneos, que resulta na redução do fluxo sanguíneo para a pele.
2- Algumas pessoas também ficam com a pele pálida e fria em orelhas, nariz, face e joelhos, sempre em extremidades.
3- A pele fica fria e gera uma área empalidecida e bem demarcada com cianose nos dedos das mãos e dos pés.
4- Normalmente não há dor no processo, a menos que a duração seja longa, com prolongada diminuição do fluxo sanguíneo para os dedos. O ataque, geralmente, termina com a normalização do fluxo sanguíneo para as extremidades, cerca de 15 minutos após deixar a área fria.
5- Estudos recentes revelam que cerca de 30% das pessoas com fenômeno de Raynaud primário têm um parente de primeiro grau com a mesma condição, o que sugere que pode haver um gene específico associado à condição, mas o fato ainda não foi provado.
6- As doenças mais comumente associadas ao fenômeno de Raynaud são as reumáticas, especialmente esclerose sistêmica, doença mista do tecido conjuntivo, lúpus eritematoso sistêmico, síndrome de Sjögren e dermatomiosite. Aproximadamente 95% dos indivíduos diagnosticados com esclerose sistêmica têm fenômeno de Raynaud.
7- Evitar temperaturas frias é o melhor método de prevenção de ataques, assim como o aquecimento do corpo com o uso de roupas apropriadas, meias, luvas e chapéus, além de evitar traumatismos nos dedos das mãos e situações de estresse emocional.
8- Em alguns pacientes, terapias para reduzir o estresse podem ser úteis.
9- Evitar agentes vasoconstritores também é importante, assim como outras medicações, como anti-histamínicos, alguns usados no tratamento da enxaqueca, narcóticos e alguns quimioterápicos.
10- O tabagismo pode piorar as crises, já que a nicotina diminui o fluxo sanguíneo para os dedos das mãos e dos pés.
Saber se o Fenômeno de Raynaud é primário ou secundário é essencial para um tratamento adequado – e só um médico pode distinguir entre os dois. Ainda não há cura para a doença e os remédios apoiados por evidências científicas sólidas são poucos. No entanto, com as medidas de controle citadas, os efeitos costumam ser minimizados, o que aumenta a qualidade de vida de quem sofre com a doença.
Saiba mais sobre a Angiomedi
Tudo começou em 2013, quando o cirurgião vascular Dr. Antonio Carlos de Souza fundou a unidade com o intuito de ser um centro médico altamente especializado em saúde vascular. E assim aconteceu e é realidade. A Clínica Angiomedi conta com um trabalho diferenciado voltado para a prevenção, diagnóstico e tratamento dos transtornos circulatórios.
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Referências bibliográficas: The New York Times e reumatousp.med.br, com informações do Dr. Antônio Carlos Souza, angiologista da Angiomedi.
Quem é o Dr. Antonio Carlos de Souza?
O diretor técnico da Clínica Angiomedi, em Brasília, tem um currículo que o torna grande conhecedor na especialidade. Formou-se, em 1992, em Medicina pela Universidade de Brasília. A Residência Médica em Cirurgia Geral e em Cirurgia Vascular e Angiologia ocorreu de 1993 a 1996. E não parou por aí. Concluiu o Doutorado em Ciências Médicas pela Universidade de São Paulo, em 2001.
Marcou participação no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP-RP, onde foi médico assistente.
Atualmente, é membro titular da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, e atual vice-diretor de Defesa Profissional. É também membro da IVS (Independent Vascular Services).
É professor do curso de Medicina da Universidade Católica de Brasília e coordenador do curso de Medicina da Escola Superior de Ciências da Saúde, onde também foi docente.
A dedicação ao estudo em educação médica e à assistência médica em Angiologia e Cirurgia Vascular não pára, visto que está sempre em busca de atualizações para beneficiar os pacientes.