Sem sintomas, colesterol alto é risco em todas as idades. Confira como prevenir

Era apenas mais um exame de rotina quando veio a surpresa para a professora Patrícia Nara Budal, 39 anos. A filha Sophia Helena Budal Fischer, seis anos, estava com o nível de colesterol alterado, acima do ideal. O resultado saiu há dois anos, na mesma época em que a menina precisou fazer mudanças na alimentação e incluiu atividades físicas na vida diária.

O colesterol é conhecido como a gordura do sangue e faz parte do corpo humano. No entanto, passa a ser considerado uma doença a partir do momento em que excede os níveis aceitáveis. O grande problema no diagnóstico do colesterol alto é a falta de sintomas. A única maneira de descobrir é por meio de exames de sangue, o que ressalta a importância de se manter uma rotina de acompanhamento da saúde sempre em dia.

Quando o colesterol alto é descoberto, os pacientes começam o tratamento com base em uma orientação alimentar e nutricional. Em casos mais graves, também é necessário o uso de remédios. Sophia precisou apenas mudar a alimentação, o que já foi um grande desafio para a família. Segundo Patrícia, a filha é louca por doce e, em alguns momentos, tem dificuldade em entender as restrições.

– Tento explicar que o colesterol é uma gordura no sangue, que pode dar problema no coração, mas às vezes ela não entende. Ela quer comer gordura e tudo que não deve – conta.

A professora explica que a alimentação da filha sempre teve um pouco de doçuras e guloseimas, mas ela sempre comeu muita fruta e verdura. O problema de Sophia é hereditário. Toda a família do avô paterno tem alteração no colesterol. As mudanças passaram pela sobremesa, com a saída do chocolate e a entrada das frutas. Os sucos de caixinha também não fazem mais parte da alimentação, assim como houve um controle no consumo de pães e arroz.

– Estou fazendo de tudo e tenho esperança de que no próximo exame vai aparecer um resultado melhor – diz Patrícia.

Apesar de todas as mudanças, os últimos resultados não têm sido positivos. O nível de colesterol continua subindo. Agora, Sophia também começou a correr, andar de bicicleta e ainda deve entrar em aulas de zumba e de natação em breve para que os exercícios físicos também ajudem a melhorar a saúde.

Cresce risco entre as crianças

A endocrinologista Júlia Appel explica que, em média, a prevalência do colesterol alto é de 12% a 20% da população, segundo dados norte-americanos. Segundo a médica, a prevalência do colesterol aumenta em pessoas acima dos 45 anos, mas tem aumentado cada vez mais o número de casos na infância e em quem tem sobrepeso e obesidade.

A doença pode levar a outros problemas de saúde, como a aterosclerose, que é o entupimento das artérias. Placas de gordura vão se formando nas paredes dos vasos das artérias, o que pode levar a um infarto do miocárdio ou a um acidente vascular cerebral (AVC).

– O AVC e o infarto são as principais causas de morte no mundo todo. Então, tratar o colesterol também é uma das melhores medidas para melhorar a prevenção – explica a especialista.

O colesterol pode se elevar por alterações endógenas, que são problemas geralmente genéticos, ou exógenas, que estão relacionadas com a obesidade, o tabagismo e o sedentarismo. Além disso, há outras doenças, como o hipotireoidismo e os problemas renais, que podem fazer com que o colesterol também tenha alterações.

SINTOMAS E DIAGNÓSTICO
O colesterol alto é uma doença assintomática e pode ser diagnosticado apenas por exames de sangue.

PREVENÇÃO
Para manter o colesterol controlado é recomendado realizar exames regulares e manter uma alimentação saudável, além da prática de exercícios físicos.

TRATAMENTO
O tratamento é realizado a partir das mudanças alimentares e a prática de atividades físicas. O uso de remédios também pode ser recomendado, de acordo com o nível de colesterol do paciente.

Fonte: Zero Hora

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