Sim ou não para a desospitalização?

O entendimento de que o lugar de paciente é somente dentro de um hospital, aos poucos, tem sido repensado. O tema é colocado em pauta, em diversos países, nos estudos, em congressos e seminários destinados aos profissionais da saúde e nas estratégias internas de gestão das próprias unidades hospitalares, sejam elas públicas ou particulares. Trata-se de uma discussão sob ópticas que privilegiam as duas partes: paciente e sistema.

A desospitalização já é uma realidade na Europa e nos Estados Unidos, por exemplo. No Brasil, o assunto, há alguns anos – mais ou menos uma década, é questionado e até mesmo experimentado. No entanto, ainda enfrenta algumas restrições e limitações de implantação. Esse modelo, caracterizado pela diminuição do tempo de internação de um paciente de forma a dar continuidade ao tratamento em outros ambientes, esbarra em prós e contras.

Por incrível que possa parecer, a desospitalização é vista como uma medida de preservação e segurança. Não é segredo para ninguém que a permanência desnecessária em um hospital eleva a chance de complicações infecciosas, chamadas de infecções hospitalares (IH), consideradas um grave problema de saúde mundial, diante da elevação de morbidade e mortalidade que provoca.

O relatório do Banco Mundial, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgado neste ano revelou que, em países de renda alta, 7% dos pacientes internados vão adquirir alguma infecção durante a internação e 10%, em países de renda baixa. Sem falar que não raros são os casos dos que vêm a óbito, não por conta do que motivou a internação, mas por uma infecção contraída durante o tempo em que esteve no hospital.

Entre as vantagens, e talvez a mais importante, está a recuperação do enfermo. Estudos e relatos de profissionais (de todas as especialidades) comprovam que, quando está dentro da própria casa, reinserida na sua rotina de vida e perto da família e de amigos, a pessoa demonstra uma maior aceitação dos procedimentos incluídos no tratamento e uma melhor evolução do quadro, às vezes até mais rápida do que o previsto. Tudo isto porque um dos fundamentos da desospitalização é a humanização, que inclui não só as condições clínicas mas uma história de vida do paciente.

Outro aspecto visto como relevante é a redução de gastos. Inegável a afirmação de que a saúde não tem preço. Mas também inegável é que ela tem custos e, diga-se de passagem, muito altos no nosso país, seja para o cidadão que arca com planos de saúde, seja para este próprio cidadão/contribuinte que mantém o sistema público, por meio do pagamento de impostos. Por isso, repensa-se hoje o quanto vale manter uma pessoa internada, sem que haja real necessidade.

Porém, diante de tantas argumentações em torno do tema está a dúvida sobre “os bastidores” da desospitalização. Entende-se que ela não pode ser aplicada em todos os casos, mas apenas naqueles em que não há mais necessidade de uma estrutura de alta complexidade, pois, caso contrário, deixará de ser uma solução e poderá ser vista como negligência.

A desospitalização não significa a transferência apenas para casa. Esse modelo conta com uma rede que inclui outros ambientes como lares geriátricos e instituições de apoio. Mas claro que o destino do paciente é uma decisão a ser tomada com a família, até porque só as pessoas mais próximas podem dizer o que acham melhor e o que está dentro das condições financeiras.

Ainda em relação à família, cabe à equipe do hospital – todos os envolvidos no planejamento da alta – sentar com os familiares para verificar as condições psicológicas e financeiras para manter o tratamento que muitas vezes inclui a contratação de vários especialistas, compra de equipamentos, reforma na residência e definição de tarefas.

Conclui-se que a desospitalização é algo possível e vantajoso ao paciente, à família e ao sistema, afinal é uma opção que acompanha outros novos conceitos dentro da Medicina e da sociedade. O importante é não haver extremismos. Internar ou não internar não podem ser uma regra, e sim uma decisão a ser tomada com ética e responsabilidade.

Quem é o Dr. Antonio Carlos de Souza?

O diretor técnico da Clínica Angiomedi, em Brasília, tem um currículo que o torna grande conhecedor na especialidade. Formou-se, em 1992, em Medicina pela Universidade de Brasília. A Residência Médica em Cirurgia Geral e em Cirurgia Vascular e Angiologia ocorreu de 1993 a 1996. E não parou por aí. Concluiu o Doutorado em Ciências Médicas pela Universidade de São Paulo, em 2001.

Marcou participação no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP-RP, onde foi médico assistente.

Atualmente, é membro titular da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, e atual vice-diretor de Defesa Profissional. É também membro da IVS (Independent Vascular Services).

É professor do curso de Medicina da Universidade Católica de Brasília e coordenador do curso de Medicina da Escola Superior de Ciências da Saúde, onde também foi docente.

A dedicação ao estudo em educação médica e à assistência médica em Angiologia e Cirurgia Vascular não pára, visto que está sempre em busca de atualizações para beneficiar os pacientes.

Saiba mais sobre a Angiomedi

Tudo começou em 2013, quando o cirurgião vascular Dr. Antonio Carlos de Souza fundou a unidade com o intuito de ser um centro médico altamente especializado em saúde vascular. E assim aconteceu e é realidade. A Clínica Angiomedi conta com um trabalho diferenciado voltado para a prevenção, diagnóstico e tratamento dos transtornos circulatórios.

A missão é agregar respeito, humanização, responsabilidade, inovação e personalização para prestar um atendimento de ponta, que contribua com a melhoria da saúde vascular dos pacientes.

A Clínica Angiomedi oferece o que há de mais moderno e eficaz no tratamento de varizes, aneurismas de aorta abdominal e úlceras de pernas e pés diabéticos.

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